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A inflação oficial registrou alta de 0,18% em novembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses caiu para 4,46%, retornando ao limite máximo da meta definida pelo governo, que é de 4,5%. O índice havia permanecido por 13 meses acima do intervalo de tolerância. No acumulado até outubro, a taxa era de 4,68%.
A variação de novembro é a menor para o mês desde 2018. Em outubro, o IPCA havia sido de 0,09%. A principal pressão no período veio das passagens aéreas, que subiram 11,9% e responderam por 0,07 ponto percentual da inflação.
Entre os grupos pesquisados, houve alta mais expressiva em habitação (0,52%) e despesas pessoais (0,77%), cada um com impacto de 0,08 ponto percentual. Já artigos de residência (-1,00%) e comunicação (-0,20%) registraram recuo. A energia elétrica residencial avançou 1,27%, impulsionada por reajustes tarifários em concessionárias de diferentes regiões. A conta de luz acumula alta de 15,08% no ano e de 11,41% em 12 meses, sendo o item que mais contribuiu para a inflação no período, com impacto de 0,46 ponto percentual no acumulado de 12 meses.
No grupo alimentação e bebidas, quedas no leite longa vida (-4,98%), tomate (-10,38%), arroz (-2,86%) e café moído (-1,36%) ajudaram a conter o índice geral.
A meta de inflação é de 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Desde 2025, o cumprimento é avaliado continuamente ao longo dos 12 meses anteriores. Segundo projeção do boletim Focus, a inflação ao fim de 2025 deve ficar em 4,40%.
Para dezembro, o IBGE calcula que, se o índice mensal ficar abaixo de 0,56%, o IPCA encerrará o ano dentro da meta. Um fator já previsto pela instituição é a redução do custo adicional da energia, com a mudança da bandeira tarifária: em novembro vigorou a vermelha nível 1; em dezembro, a amarela.
Ainda nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgará a nova taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, maior nível desde 2006. A política de juros elevados, mantida desde setembro do ano passado, busca conter a inflação ao encarecer o crédito e desacelerar o consumo.
O IBGE também destacou que, em novembro, os preços de serviços subiram 0,60%, enquanto os itens monitorados registraram alta de 0,21%. O IPCA considera o consumo de famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, com coleta em 16 regiões do país.
Da redaçã, Weber Gomes.