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Tecnologia do Inatel leva internet de alta qualidade a áreas remotas em uma caixa

Uma inovação desenvolvida pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí (MG), promete ampliar o acesso à internet em regiões remotas do país. O projeto, chamado “Conectividade na Caixa”, reúne em um único equipamento compacto todos os componentes necessários para o funcionamento de uma rede móvel completa, incluindo antena, distribuição e núcleo de rede.

Com dimensões menores que uma mala de viagem, o sistema foi projetado para ser fácil de transportar, instalar e operar, dispensando grandes estruturas técnicas. A tecnologia permite criar redes móveis privativas, nas quais apenas dispositivos autorizados têm acesso, garantindo segurança, estabilidade e baixo custo de operação.

O alcance do equipamento varia de 5 a 10 quilômetros em redes 5G e pode chegar a 100 quilômetros em 4G, atendendo até 100 usuários simultaneamente. Essa versatilidade permite o uso da solução em áreas rurais, comunidades isoladas, indústrias, fazendas, sistemas de cidades inteligentes e até em operações emergenciais, onde a conectividade é essencial.

O projeto começou em 2017, teve sua primeira versão concluída em 2020 e entrou em fase de transferência tecnológica em 2025. Startups do ecossistema de inovação de Santa Rita do Sapucaí, como a Trivale e a Furukawa, já receberam a tecnologia. A primeira atua na versão 5G, voltada a setores industriais e de óleo e gás, enquanto a segunda utiliza o 4G para expandir o acesso à internet em áreas agrícolas e comunidades rurais.

Apesar dos avanços, a implementação da tecnologia ainda enfrenta barreiras regulatórias. O uso do espectro de frequência, necessário para operar as redes, depende de autorização da Anatel, o que limita a adoção em larga escala. Desde 2023, as redes privativas têm permissão para funcionar no Brasil, mas o processo burocrático ainda restringe o desenvolvimento de projetos comunitários de conectividade.

O Inatel destaca que a iniciativa faz parte dos esforços para reduzir a exclusão digital e democratizar o acesso à internet em todo o território nacional. A instituição também participa do desenvolvimento da tecnologia 6G no Brasil, com foco em criar soluções nacionais acessíveis e adaptadas às realidades locais — especialmente nas regiões rurais e de difícil acesso.

A expectativa é que, com a ampliação da infraestrutura e a modernização das políticas regulatórias, projetos como o “Conectividade na Caixa” se tornem uma alternativa viável para levar internet de alta qualidade a comunidades afastadas, fortalecendo a inclusão digital e o desenvolvimento tecnológico do país.

Da redação, Weber Gomes.

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